8.11.05

 

Para o alto e avante! Da Guerra Fria à colonização de Marte.


Marte é azul!

Um dos desdobramentos da Guerra Fria foi a exploração espacial. A disputa ideológica entre os EUA e a URSS alimentou a corrida espacial e resultou no desenvolvimento tecnológico que permitiu a ida de missões tripuladas à Lua. A propósito, Ninguém tem uma foto ao lado de Neil Armstrong naquele momento histórico. É verdade! Ele na Lua, e eu na Terra. Um dia acho a foto...

Entre idas e vindas, os programas espaciais norte-americano e soviético lançaram várias sondas espaciais em direção a Marte. O programa estadunidense foi mais bem sucedido. De qualquer modo, em julho de 1989, George Bush pai lançou a "Space Exploration Initiative", cujo objetivo final era a ida de uma missão tripulada a Marte. Contudo, ao calcularem o orçamento de tal missão, chegou-se à (literalmente) astronômica cifra de US$ 450 bilhões! Além de representar um investimento inviável, a iniciativa acabou sendo colocada em segundo plano por conta dos acontecimentos daquele mesmo ano. A ida pra cucuia do Muro de Berlim, em novembro de 1989, junto com os acontecimentos nos anos seguintes (nos quais se incluem os acidentes com os ônibus espaciais) enterraram definitivamente esse plano, que previa a chegada do homem a Marte em trinta anos, em três fases: 1) conclusão da estação espacial (que ainda está sendo construída); 2) construção de uma base lunar definitiva (não saiu do papel); e 3) envio de missão tripulada a Marte (também ficou só no papel). Sic Transit Gloria Menezes, nas sábias palavras de Uncle Filthy.

Tá. Até aí, morreu Neves. A idéia de se colonizar Marte é um subproduto da Guerra Fria. So far, so good. Mas o que isso tem a ver com este post? Pois bem, este texto é para falar das encomendas que chegaram semana passada: um livro sobre a Guerra Fria, um sobre o MI6 (que, obviamente, inclui o período) e dois sobre exploração espacial e colonização espacial.

O primeiro deles é Battleground Berlin - CIA vs KGB in the Cold War, de David E. Murphy, Sergei A. Kondrashev e George Bailey, que trata da disputa entre os dois serviços secretos no coração da Europa, durante o período que vai de 1945 até a construção do Muro de Berlim, em 1961. O segundo é MI6 - Fifty Years of Special Operations, de Stephen Dorrill, que conta a história do braço do serviço secreto britânico que cuida de operações no exterior.

Os dois outros livros são de Robert Zubrin, um engenheiro aeroespacial, defensor da ida a Marte. Zubrin acredita que seja possível concretizar tal viagem por uma fração daquele orçamento inicial, com base em tecnologias existentes desde as missões Apolo. Sua proposta está sintetizada no livro The Case for Mars e na página da The Mars Society. Zubrin escreve bem, é claro e conciso. Ainda estou no começo do livro e lendo bem devagar, mas pretendo mergulhar de cabeça no planeta vermelho a partir do sábado que vem, quando Ninguém vai tirar uma semaninha de férias. Levarei, também, Entering Space - Creating a Spacefaring Civilization, no qual ele desenvolve ainda mais o conceito de "terraformação", isto é, a modificação do meio ambiente de um planeta ou satélite, de modo a criar condições favoráveis à vida terrestre.

Comments:
Não tenho comentarios a respeito só acho a colonização de marte um abisurdo.
 
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