3.3.06

 

Fã é fã, e azar de quem não entende!


História e Glória da Dinastia Borg.

Ontem à noite, fiquei sabendo que um de meus ídolos da infância está passando por dificuldades financeiras. Não, não é o Bozo. É o Björn Rune Borg. A despeito das aparências, ele parece estar falido. Caso contrário, não estaria vendendo seus troféus e raquetes em um leilão a ser realizado no dia 21 de junho na Bonhams, uma das mais tradicionais casas britânicas especializadas em leilões. Lembro dos finais de semana pueris, em que Borg derrotava seus oponentes impiedosamente. Parecia um mágico da raquete. Bons tempos! Uma das únicas vezes* em que fiz papel de bobão e pedi autógrafo foi pra ele, em Cumbica, há uns sete anos. Ele estava sentando em um daqueles cafés que ficam dentro da área de embarque, matando tempo. Cheguei perto e perguntei se era ele. Borg confirmou. Aí, pedi desculpas e, descaradamente, disse que era um grande fã e, claro, perguntei se ele podia me dar um autógrafo. Ele, muito gentilmente, assinou um pequeno papel azul (que, infelizmente, sumiu**). Perguntei a ele se havia jogado aqui, e ele disse que não. Que estava a caminho de um torneio/clínica no Paraguai. Autógrafo recebido, pedi desculpas, agradeci e fui embora.

Voltando aos dias de hoje, se tivesse muito dinheiro, compraria todos os troféus e raquetes nesse leilão e os devolveria ao Borg. Ele merece que alguém faça isso. Algumas das coisas que ele fez no tênis, ninguém fez. Se cometeu deslizes na vida particular e nos negócios, paciência. O que ele fez por mim, na infância - aquela emoção que só fã sente -, não tem dinheiro no mundo que pague.

* As outras foram com o Mose Alison e o Adam West.
** Como sumiu o autógrafo do Mose Alison. O do Adam West sei onde está, na capa de um gibi, na casa da minha mãe.

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