22.10.05

 

Conforme o prometido...


É mole? Não consegui achar uma figura em português!

Num outro post, disse que iria falar sobre o Grande Prêmio do Brasil. Bom, nunca havia assistido a uma corrida em carne e osso. Para quem é fã, como Ninguém, é algo indescritível. Uma experiência sinestésica (eita!) inesquecível. As coisas mais marcantes são: o grito* dos motores (é MUITO alto, e é grito, mesmo), o cheiro da fumaça, a velocidade dos carros e a absurda capacidade de aceleração deles.

O barulho dos bólidos é indescritível. Mesmo que você coloque os protetores de ouvido, ainda assim, é muito alto. Fiquei tirando e colocando os protetores, na tentativa de gravar na memória esse som fascinante (como diria o sr. Spock). Pense em um barulho muito alto. Multiplique isso por dez. Agora, dobre. É mais ou menos isso.

O cheiro da fumaça, infelizmente, é mais marcante durante a volta de apresentação e na primeira volta, quando os carros ainda estão todos juntos. Depois, conforme a corrida avança, os carros começam a se distanciar uns dos outros, e a fumaça se dispersa muito rapidamente.

Já a velocidade e a capacidade de aceleração dos carros é fenomenal. Estávamos em uma arquibancada que fica bem na saída da curva do Sol. Nossa visão era muito limitada. Se você não conhece Interlagos, basta olhar o desenho acima. De onde estávamos, víamos o S do Senna, a curva do Sol, a maior parte da reta oposta, pedaços do Laranjinha e do Bico de Pato, além do final do Mergulho, a Junção e a subida dos boxes. Exatamente neste último trecho (Mergulho-Junção-Subida dos Boxes), tem-se a noção exata do que é um Fórmula Um. Como este trecho fica do outro lado do circuito, os carros ficam pequenininhos, do tamanho de um matchbox. Com isso, tem-se a noção exata da rapidez e da velocidade desses carros. Eles diminuem muito a velocidade entre a Junção e a Subida dos Boxes. Aí, entram nessa subida (e olha que é uma BRUTA subida). Se o cidadão não prestar muita atenção, perde os carros de vista. Na verdade, o que a gente vê, lá do outro lado do circuito, são manchas muito rápidas. Já onde estávamos, a sensação é inversa, pois os carros enfrentam uma seqüência de curvas (S do Senna-Curva do Sol), para só acelerarem na Reta Oposta. Só que, por conta do ângulo de visão de onde a gente estava, não dá para sentir essa aceleração e velocidade.

Na TV, a gente tem uma impressão muito distorcida do que é uma corrida de Fórmula Um. É como se fosse uma Alegoria da Caverna em alta velocidade.

Resumindo: é emocionante!

* Infelizmente, só consegui achar o ronco de um BRM de 1953!

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