20.7.05

 

A Daslu e as Megaoperações da PF


Sacoleiro-chinfrim pode. Só não pode sacoleira-madame?

A OAB e a FIESP saíram em defesa da "sociedade" contra o suposto arbítrio de recentes ações movidas pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público e, algumas vezes, com a Receita Federal. A OAB, volta e meia, chia também contra invasões, prisões e apreensões feitas em escritórios de advocacia (voltarei a falar sobre isto em outra oportunidade). Ambas (FIESP e OAB) proveitam para fazer indiretamente um ato de desagravo à recente prisão da sacoleira-madame. A torto e a direito, afirmam os defensores da "sociedade", que a ação contra a Daslu foi ato espalhafatoso, destinado a desviar os holofotes de Brasília, onde trambiques de outra monta têm dado o tom das pautas jornalísticas. Bom. Pode até ser que haja alguma correlação temporal entre os dois fatos, mas este papalvo aqui não acredita que, por maior que fosse o aparato e a "graudez" da turma envolvida na maracutaia privada, isso viesse a interferir na atenção dedicada ao escândalo dos escândalos na Ilha da Fantasia. Não é de hoje que a PF e o MP têm atuado em conjunto em grandes operações, prendendo gente graúda e cortando a própria carne* (haja vista, por exemplo, as prisões da Operação Anaconda, Farol da Colina e Praga do Egito). Segundo o Ministério Público, as investigações sobre a megasacoleira do high society já vinham sendo feitas há pelo menos três anos.

Curiosamente, quando Law Kin Chong, o megasacoleiro das massas, foi preso em São Paulo, nem OAB nem FIESP levantaram um dedo. Por que será?

* Não agüento mais ouvir gente falando em "cortar ***na*** própria carne"!

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