8.6.05

 

O Brave New World!


Meu reino por uma dose de soma.

(Atenção! Atenção! Se você não leu Admirável Mundo Novo, não leia este texto, pois ele conta que o herói, no final do livro, foge da civilização, para viver entre selvagens. Xi... agora já foi. Brincadeirinha. O final não é assim, mas é quase isso. Pensando bem, se você não leu esse livro até hoje, não faz mal.) Aldous Huxley, escreveu Admirável Mundo Novo (cujo original, Brave New World, pode ser lido aqui) em 1932. Li o livro, pela primeira vez, quando tinha uns dez ou onze anos. A primeira coisa que fiz ao terminar a leitura foi pedir LSD para a minha mãe, que me olhou horrorizada. Retornei ao livro, um pouco mais tarde, acho que aos 17 anos, e continuei com a idéia fixa no soma.

Até hoje, o máximo que experimentei de drogas químicas, além do álcool, foram uns doze comprimidos de não sei o quê, que me deram para tomar com caipirinha quente, num ônibus lotado, no Rio de Janeiro, a caminho do Rock in Rio (1985). Não lembro direito dos efeitos dessas bolinhas em minha cabeça, pois, além dos tais comprimidos e da cachaça, fumei aquilo que o Ministro da Cultura, que também estava lá (Rock in Rio, 1985), disse que fumou até os 50 anos. O resultado, sei direitinho: perdi minha carteira, meu dinheiro, meus documentos e a entrada para o show do dia seguinte, além de ter perdido umas duas horas da minha vida em uma enfermaria, ao lado de um soldado que vomitava sem parar, além de outro par de horas, fazendo boletim de ocorrência em uma delegacia fluminense. Usar drogas dá nisso.

De qualquer modo, se Ninguém tivesse de escolher entre o mundo artificial de Mustafá Mond e o mundo natural do desajustado Selvagem, não pensaria duas vezes, optaria por viver no Admirável Mundo Novo e seria feliz para sempre, em um mundo artificial de muito sexo, drogas e os "feelies". Muito melhor do que viver no Bananão de Lulalá e FHC acolá.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?